Wesley Safadão reflete sobre saúde mental e admite: ‘Era um dos que falava que era besteira’

Antes de subir no palco para se apresentar no na primeira noite de Carnatal, o maior Carnaval fora de época do Brasil, em Natal, no Rio Grande do Norte, Wesley Safadão conversou com o gshow e outros veículos da imprensa.
Um dos assuntos que nortearam o papo de pouco mais de cinco minutos foi o quadro de ansiedade que o cantor enfrentou no final do ano passado. Na época, ele disse que a rotina intensa de shows o levou a um esgotamento mental, mudando assim, seus hábitos desde então.
Safadão admitiu, ao ser perguntando pelo gshow, que era um dos que falava que problemas relacionados a saúde mental eram “besteira”, assunto que ainda é bastante tabu entre os homens.
“Eu realmente tive o meu problema de ansiedade, meu burnout, esgotamento mental. Até compartilho com poucas pessoas isso, principalmente com o pessoal da minha família. Eu acho que tive duas semanas bem ruins mesmo, que nunca imaginei viver na vida. Mas depois disso, com a ajuda da terapia, psiquiatra e tudo, eu comecei a entender alguns pontos que precisavam ser ajustados”, reflete.
Ele diz que com a ajuda profissional, o tempo em família e o descanso, sua vida começou a se ajustar rapidamente. “Acho que 15 dias depois eu já comecei a me sentir super bem e foi muito bom e positivo para poder ajustar algumas coisas que eu também não tava conseguindo enxergar naquele momento“.
Entretanto, ele relembra que era que uma pessoa que queria resolver tudo. “Eu dizia assim: ‘Manda pra cá. Manda pepino que eu resolvo, eu aguento, eu suporto”.
“Nós não somos uma máquina. Eu não me arrependo. Gosto também de falar isso. Acho que tudo na vida tem a hora de plantar, tem a hora de colher e acho que todo o esforço que tive, que tenho até hoje, foi necessário para construir. Ninguém consegue nada com ‘ah, eu vou dormir, vou descansar, não sei o quê… se você não se cobrar, você não chega! Acho que se você pega muita gente que são bem sucedidas, teve um preço a ser pago, e eu também paguei o meu preço”, pondera.
Por Carlos Felipe Paiva, Matheus Dezotti, gshow — Natal